O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Com uma prevalência crescente globalmente, estima-se que 1 em cada 54 crianças seja diagnosticada com TEA, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (World Health Organization, 2021). Na atualidade, onde a inclusão e a compreensão das diversidades são prioritárias, a conscientização sobre o TEA torna-se essencial para promover ambientes mais acolhedores e adequados para indivíduos no espectro.
O que é Transtorno do Espectro Autista?
Definição
O Transtorno do Espectro Autista é um grupo de distúrbios neurológicos caracterizados por desafios na comunicação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. O espectro abrange uma variedade de manifestações e severidades, variando de indivíduos com altas habilidades funcionais a aqueles que necessitam de suporte intensivo (American Psychiatric Association, 2013).
Características Principais
- Dificuldades de Comunicação Social: Problemas na interação verbal e não verbal, dificuldade em manter conversas e entender nuances sociais.
- Comportamentos Repetitivos: Movimentos estereotipados, adesão rígida a rotinas e padrões de comportamento inflexíveis.
- Interesses Restritos: Foco intenso em tópicos específicos, muitas vezes de interesse incomum ou altamente especializado.
- Sensibilidade Sensorial: Reações exacerbadas ou diminuídas a estímulos sensoriais como luz, som, toque e cheiro.
Epidemiologia
Segundo a Organização Mundial da Saúde (World Health Organization, 2021), a prevalência do TEA tem aumentado significativamente nas últimas décadas. No Brasil, estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas vivam com TEA, abrangendo todas as faixas etárias. A condição afeta igualmente homens e mulheres, embora a maioria dos diagnósticos seja em meninos (López et al., 2020).
Bases Biológicas/Psicossociais
- Fatores Genéticos: Estudos indicam que aproximadamente 50-90% da suscetibilidade ao TEA pode ser atribuída a fatores genéticos, com múltiplos genes envolvidos (Reichow, 2012).
- Neurobiologia: Alterações na conectividade cerebral, especialmente nas regiões responsáveis pela comunicação e processamento social, são observadas em indivíduos com TEA (Geschwind & Levitt, 2007).
- Fatores Ambientais: Exposição a certas substâncias durante a gestação, complicações no parto e fatores ambientais ainda estão sendo estudados como possíveis contribuintes para o desenvolvimento do TEA (Modabbernia et al., 2017).
- Aspectos Psicossociais: A interação entre fatores genéticos e ambientais desempenha um papel crucial, com estresse familiar e suporte social influenciando a qualidade de vida dos indivíduos com TEA.
Tendências Recentes
As pesquisas sobre TEA têm se concentrado em:
- Intervenções Precoces: Identificação e intervenção em estágios iniciais para melhorar os resultados a longo prazo (Dalgalarrondo, 2008).
- Tecnologia Assistiva: Desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para apoiar a comunicação e o aprendizado de indivíduos no espectro (Furukawa, Thase & Simon, 2016).
- Inclusão Social: Estratégias para promover ambientes inclusivos em escolas, locais de trabalho e na comunidade em geral (Kaplan & Sadock, 2015).
- Genômica: Avanços na compreensão dos fatores genéticos subjacentes ao TEA, visando tratamentos personalizados (Reichow, 2012).
Quais são os sintomas do Transtorno do Espectro Autista?
Descrição Geral
Os sintomas do TEA variam amplamente entre os indivíduos, refletindo a natureza do espectro. É fundamental que os profissionais de saúde mental realizem avaliações detalhadas para identificar as características específicas de cada pessoa, possibilitando um tratamento mais eficaz e personalizado.
Lista de Sintomas
Sintomas de Comunicação Social
- Dificuldade em Iniciar e Manter Conversas: Falta de reciprocidade na interação verbal e não verbal.
- Uso Peculiar da Linguagem: Ecolalia, uso repetitivo de frases ou linguagem formal inadequada para a idade.
- Dificuldade em Entender Gestos e Expressões Faciais: Interpretação limitada de sinais não verbais.
Sintomas de Comportamento Repetitivo e Interesses Restritos
- Movimentos Estereotipados: Balançar-se, bater as mãos ou outras ações repetitivas.
- Adesão Rígida a Rotinas: Resistência a mudanças na rotina diária ou no ambiente.
- Interesses Intensos: Foco excessivo em tópicos específicos, como horários, números ou certos objetos.
Sensibilidade Sensorial
- Hipersensibilidade ou Hipossensibilidade a Estímulos: Reações exageradas ou diminuídas a sons, luzes, texturas e cheiros.
- Desconforto com Certos Vestimentos: Sensação de irritação com roupas que têm texturas específicas.
Observações Importantes
Cada indivíduo com TEA apresenta uma combinação única de sintomas, tornando essencial a personalização do plano de tratamento. O reconhecimento precoce e a intervenção adequada podem melhorar significativamente a funcionalidade e a qualidade de vida dos afetados.
Sobre a Avaliação com o Psiquiatra
Importância da Avaliação Profissional
A avaliação por um psiquiatra ou especialista em TEA é crucial para um diagnóstico preciso e para o desenvolvimento de um plano de tratamento eficaz. O profissional de saúde mental deve considerar todas as facetas do comportamento e do desenvolvimento do indivíduo.
Descrição dos Serviços
O psiquiatra utiliza uma abordagem abrangente para avaliar o TEA, que inclui:
- Entrevistas Clínicas Detalhadas: Coleta de informações sobre os sintomas, histórico médico e familiar.
- Aplicação de Instrumentos de Avaliação: Utilização de escalas padronizadas como o Autism Diagnostic Observation Schedule (ADOS) e o Autism Diagnostic Interview-Revised (ADI-R).
- Avaliação de Comorbidades: Identificação de outras condições de saúde mental que possam coexistir, como transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e ansiedade.
- Revisão de História Médica e Familiar: Análise de fatores genéticos e antecedentes de saúde que possam influenciar o tratamento.
- Desenvolvimento do Plano de Tratamento: Recomendações de intervenções terapêuticas, que podem incluir terapia comportamental, suporte educacional e farmacoterapia.
Apresentação do Profissional
Dr. Hugo Salmen Evangelista Espindola é um psiquiatra especializado no tratamento de transtornos do espectro autista e outras condições de saúde mental. Com ampla experiência clínica, Dr. Hugo adota uma abordagem empática e personalizada, focando no bem-estar integral de seus pacientes. Sua dedicação em oferecer tratamentos baseados em evidências garante que cada indivíduo receba o suporte necessário para alcançar uma melhor qualidade de vida e integração social.
Diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista
Critérios Diagnósticos (CID-10) e Psicopatologia
O diagnóstico do TEA segue os critérios estabelecidos pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10), utilizada no Brasil, além de considerar a psicopatologia específica de cada tipo de transtorno dentro do espectro.
A. Presença de Sintomas Característicos
Os critérios variam conforme o subtipo de TEA, mas geralmente incluem:
- Dificuldades na Comunicação Social: Problemas na interação verbal e não verbal.
- Comportamentos Repetitivos e Interesses Restritos: Movimentos estereotipados e adesão rígida a rotinas.
- Sensibilidade Sensorial: Reações exacerbadas ou diminuídas a estímulos sensoriais.
B. Disfunção Social ou Ocupacional
As áreas de funcionamento como trabalho, relações interpessoais ou autocuidado estão significativamente comprometidas. Isso significa que os transtornos do espectro autista afetam a capacidade do indivíduo de desempenhar suas funções diárias de maneira eficaz.
C. Duração
Os sintomas devem estar presentes desde a infância, mesmo que nem sempre sejam totalmente reconhecidos ou diagnosticados cedo.
D. Exclusão de Outros Transtornos
Os sintomas não são atribuíveis a outras condições médicas ou transtornos mentais que possam apresentar sintomas semelhantes.
Psicopatologia do Transtorno do Espectro Autista
Além dos critérios da CID-10, a psicopatologia do TEA envolve uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes aos sintomas apresentados. Os transtornos do espectro autista são frequentemente associados a:
- Disfunção Cognitiva: Inclui dificuldades em processos como a teoria da mente, que é a capacidade de entender os pensamentos e sentimentos de outros (Reichow, 2012).
- Desregulação Emocional: Dificuldade em regular e gerenciar emoções, resultando em respostas emocionais intensas e desproporcionais (Drewes et al., 2018).
- Isolamento Social: Devido às dificuldades na comunicação e interação social, indivíduos com TEA podem se afastar socialmente, levando ao isolamento e dificuldades em manter relacionamentos interpessoais.
- Hiperatividade do Eixo HPA: Alterações no eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, que regula a resposta ao estresse, podem contribuir para a manutenção dos sintomas.
- Sensibilidade ao Estresse: Maior reatividade a eventos estressantes, que podem desencadear ou exacerbar os sintomas.
Processo de Diagnóstico
O diagnóstico preciso do TEA envolve uma avaliação clínica detalhada conduzida por um profissional de saúde mental qualificado, geralmente um psiquiatra. O processo inclui:
- Entrevista Clínica: Conversas estruturadas para coletar informações sobre os sintomas atuais, histórico médico e psiquiátrico, e o impacto dos sintomas na vida do indivíduo.
- Aplicação de Instrumentos de Avaliação: Utilização de escalas padronizadas, como o Autism Diagnostic Observation Schedule (ADOS) e o Autism Diagnostic Interview-Revised (ADI-R), para medir a gravidade dos sintomas (Craske et al., 2008).
- Avaliação de Comorbidades: Identificação de outras condições de saúde mental que podem coexistir com o TEA, como transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e ansiedade.
- Exame Físico e Exames Complementares: Em alguns casos, podem ser realizados exames físicos ou neurológicos para descartar causas médicas dos sintomas, como distúrbios hormonais ou efeitos de substâncias.
- Discussão de Históricos Familiares: Consideração de antecedentes familiares de transtornos do espectro autista ou outros transtornos mentais, uma vez que há evidências de componentes genéticos nos TEA (Reichow, 2012).
- Desenvolvimento do Plano de Tratamento: Com base na avaliação, o profissional de saúde mental delineará um plano de tratamento personalizado, que pode incluir terapias comportamentais, farmacoterapia ou uma combinação de abordagens.
Importância de um Diagnóstico Preciso
Um diagnóstico correto é fundamental para garantir que o indivíduo receba o tratamento adequado, melhorando sua qualidade de vida e minimizando o impacto dos transtornos do espectro autista nas suas atividades diárias. Além disso, o diagnóstico diferencial é essencial para distinguir o TEA de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, evitando tratamentos ineficazes.
Quais são os tratamentos para Transtorno do Espectro Autista?
Opções de Tratamento
O tratamento do TEA geralmente envolve uma combinação de abordagens terapêuticas, adaptadas às necessidades individuais de cada paciente. As principais opções de tratamento incluem:
Intervenções Comportamentais
Tipos de Terapias Utilizadas:
- Terapia ABA (Applied Behavior Analysis): Foca na modificação de comportamentos através de reforços positivos e é uma das abordagens mais estudadas e eficazes para o TEA (Lord et al., 2020).
- Terapia de Treinamento de Habilidades Sociais: Ajuda os indivíduos a desenvolverem habilidades de interação social e comunicação.
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Adaptada para ajudar indivíduos com TEA a gerenciar emoções e comportamentos.
Benefícios e Possíveis Efeitos Colaterais:
- Benefícios: Melhora na comunicação, habilidades sociais, redução de comportamentos desafiadores e aumento da independência.
- Efeitos Colaterais: Possíveis frustrações durante o processo de aprendizagem, necessidade de personalização constante das abordagens.
Intervenções Educacionais
Tipos de Programas Educacionais:
- Educação Especializada: Programas adaptados às necessidades individuais, focando em habilidades acadêmicas e sociais.
- Inclusão Escolar: Integração de indivíduos com TEA em ambientes escolares regulares com suporte adicional.
Como a Educação Complementa o Tratamento: A educação especializada proporciona um ambiente estruturado que apoia o desenvolvimento acadêmico e social, complementando as terapias comportamentais e facilitando a inclusão social.
Intervenções Médicas
Tipos de Medicamentos Utilizados:
- Antipsicóticos: Como risperidona e aripiprazol, utilizados para tratar comportamentos agressivos e irritabilidade (Bandelow et al., 2017).
- Antidepressivos: Utilizados para tratar sintomas de ansiedade e depressão que frequentemente coexistem com o TEA.
- Estimulantes: Utilizados no tratamento de TDAH em indivíduos com TEA.
Benefícios e Possíveis Efeitos Colaterais:
- Benefícios: Redução de comportamentos desafiadores, melhoria no foco e na atenção.
- Efeitos Colaterais: Possíveis efeitos colaterais como ganho de peso, insônia, irritabilidade e necessidade de monitoramento constante.
Suporte Familiar e Intervenções Psicossociais
Tipos de Suporte:
- Psicoeducação Familiar: Educa a família sobre o TEA, promovendo uma melhor compreensão e estratégias de enfrentamento.
- Grupos de Apoio: Oferecem um espaço para compartilhar experiências e obter suporte emocional.
Importância do Suporte Familiar: O apoio familiar é crucial para o sucesso do tratamento, proporcionando um ambiente seguro e encorajador para o desenvolvimento do indivíduo com TEA.
Importância do Tratamento Personalizado
Cada indivíduo com TEA apresenta uma combinação única de sintomas e necessidades. Portanto, é crucial que o plano de tratamento seja personalizado, levando em consideração fatores como a gravidade dos sintomas, a presença de comorbidades, a resposta a tratamentos anteriores e as preferências do paciente. Um tratamento individualizado maximiza as chances de sucesso, promovendo uma recuperação mais eficaz e sustentável.
Contato para Consulta
Se você ou alguém que conhece está enfrentando sintomas de Transtorno do Espectro Autista, não hesite em buscar ajuda profissional. Um psiquiatra qualificado pode realizar uma avaliação detalhada e desenvolver um plano de tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida e promover a integração social.
Como Lidar com Indivíduos com Transtorno do Espectro Autista
Dicas Práticas
Lidar com alguém que possui TEA requer compreensão, paciência e estratégias eficazes para oferecer suporte adequado. Aqui estão algumas orientações práticas para familiares, amigos e colegas:
- Seja Paciente: Entender as dificuldades enfrentadas pela pessoa com TEA é fundamental. Reconheça que os sintomas não são escolhas, mas sim manifestações do transtorno. Evite demonstrar impaciência ou frustração, mesmo quando os comportamentos parecem excessivos ou irracionais.
- Comunique-se Eficazmente: A comunicação clara e empática pode facilitar a interação. Use uma linguagem direta e evite metáforas ou expressões ambíguas que possam causar confusão.
- Eduque-se sobre o Transtorno: Conhecer mais sobre o TEA ajuda a compreender melhor os sintomas e as necessidades da pessoa. Busque informações em fontes confiáveis, participe de grupos de apoio ou consulte profissionais de saúde mental para adquirir conhecimento aprofundado sobre o transtorno.
- Estabeleça Rotinas: A criação de uma rotina estruturada pode proporcionar segurança e previsibilidade para a pessoa com TEA. Estabeleça horários regulares para atividades diárias, como refeições, exercícios e momentos de lazer, ajudando a reduzir a ansiedade e a necessidade de controle excessivo.
- Incentive a Busca por Ajuda Profissional: Apoie a pessoa a procurar tratamento adequado, como terapia comportamental ou medicação, conforme recomendado pelo psiquiatra. Ofereça-se para acompanhá-la a consultas ou sessões terapêuticas, demonstrando seu apoio contínuo no processo de recuperação.
Considerações Finais
A empatia e a compreensão são essenciais ao lidar com indivíduos que sofrem de transtornos do espectro autista. Reconheça os desafios enfrentados por eles e ofereça um ambiente de apoio e aceitação. Pequenas ações e atitudes podem fazer uma grande diferença na jornada de recuperação, promovendo um relacionamento mais saudável e fortalecendo a rede de apoio ao redor da pessoa com o transtorno.
Curiosidades sobre o Transtorno do Espectro Autista
- Origem do Nome: O termo “autismo” deriva do grego “auto”, que significa “eu”, refletindo a característica de isolamento social presente no transtorno (American Psychiatric Association, 2013).
- Prevalência Global: A prevalência do TEA tem aumentado significativamente nas últimas décadas, com estimativas atuais indicando 1 em cada 54 crianças diagnosticadas (World Health Organization, 2021).
- Genética: Aproximadamente 50-90% da suscetibilidade ao TEA pode ser atribuída a fatores genéticos, com múltiplos genes envolvidos no desenvolvimento do transtorno (Reichow, 2012).
- Neurobiologia: Alterações na conectividade cerebral, especialmente nas regiões responsáveis pela comunicação e processamento social, são comuns em indivíduos com TEA (Geschwind & Levitt, 2007).
- Intervenções Precoces: A identificação e intervenção em estágios iniciais são cruciais para melhorar os resultados a longo prazo e aumentar a independência dos indivíduos com TEA (Dalgalarrondo, 2008).
- Tecnologia Assistiva: Ferramentas tecnológicas, como aplicativos de comunicação e dispositivos de realidade virtual, estão sendo desenvolvidas para apoiar a interação social e o aprendizado em indivíduos no espectro (Furukawa, Thase & Simon, 2016).
- Inclusão Escolar: Estratégias de inclusão escolar têm demonstrado melhorar as habilidades sociais e acadêmicas de crianças com TEA, promovendo uma melhor integração na sociedade (Kaplan & Sadock, 2015).
- Comorbidade: Há uma alta comorbidade entre TEA e outros transtornos, como TDAH e ansiedade, o que pode complicar o diagnóstico e o tratamento (Kessler et al., 2005).
- Diversidade do Espectro: O espectro autista é altamente diversificado, abrangendo desde indivíduos com habilidades excepcionais em áreas específicas até aqueles que necessitam de suporte intensivo para atividades diárias.
- Impacto na Família: O TEA afeta significativamente a dinâmica familiar, exigindo suporte e adaptações contínuas para lidar com os desafios diários (Reichow, 2012).
- Avanços na Genômica: Avanços na genômica têm permitido uma melhor compreensão dos fatores genéticos subjacentes ao TEA, abrindo caminho para tratamentos personalizados (Reichow, 2012).
- Terapias Baseadas em Evidências: Terapias como ABA (Applied Behavior Analysis) são baseadas em evidências e amplamente reconhecidas por sua eficácia no tratamento do TEA (Lord et al., 2020).
- Inclusão no Mercado de Trabalho: Programas de inclusão no mercado de trabalho estão ajudando indivíduos com TEA a encontrar e manter empregos, promovendo sua independência financeira e social (Kessler et al., 2005).
- Sensibilidade Sensorial: Muitos indivíduos com TEA possuem sensibilidades sensoriais únicas, o que pode afetar sua interação com o ambiente e suas atividades diárias.
- Foco em Habilidades Sociais: Intervenções focadas no desenvolvimento de habilidades sociais têm mostrado melhorar a interação e a comunicação de indivíduos com TEA (Drewes et al., 2018).
- Autismo de Alta Funcionalidade: Indivíduos com TEA de alta funcionalidade podem apresentar habilidades intelectuais acima da média, mas ainda enfrentam desafios significativos na interação social.
- História do Diagnóstico: O TEA foi formalmente reconhecido no DSM-III em 1980, unificando vários subtipos anteriormente considerados separadamente (American Psychiatric Association, 2013).
- Pesquisa Internacional: Colaborações internacionais estão avançando a compreensão do TEA, promovendo o desenvolvimento de melhores práticas e tratamentos.
- Inclusão Digital: A inclusão digital está se tornando uma ferramenta importante para apoiar a educação e o desenvolvimento de habilidades em indivíduos com TEA (Furukawa, Thase & Simon, 2016).
- Impacto na Saúde Mental: Indivíduos com TEA têm um risco aumentado de desenvolver condições de saúde mental adicionais, como depressão e ansiedade, necessitando de abordagens de tratamento integradas (Kessler et al., 2005).

Referências
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