A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade altamente prevalente, afetando milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo um número significativo de brasileiros. Estima-se que cerca de 2% a 4% da população brasileira experimente crises de pânico e seus impactos debilitantes ao longo da vida. Essa síndrome é caracterizada pela ocorrência de ataques de pânico recorrentes e inesperados, acompanhados por um medo persistente de ter novas crises e suas potenciais consequências. Neste artigo, exploraremos o que é a Síndrome do Pânico, seus sintomas, causas, diagnósticos, tratamento e manejo, com uma abordagem cuidadosa e baseada em evidências.

O que é Síndrome do Pânico?

Definição

A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por episódios súbitos e intensos de medo extremo, conhecidos como ataques de pânico. Esses ataques podem ocorrer sem aviso prévio e são acompanhados por sintomas físicos e cognitivos que podem ser debilitantes. A experiência de um ataque de pânico pode levar a um medo constante de futuras crises, impactando significativamente a qualidade de vida do indivíduo.

Características Principais

  • Ataques de Pânico: Episódios recorrentes de medo intenso que atingem o pico em minutos, acompanhados por sintomas físicos como palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, sensação de asfixia, dor no peito, náuseas, tonturas e sensação de desmaio.
  • Medo de Perder o Controle: Sensação de que algo terrível vai acontecer ou de que a pessoa vai enlouquecer durante um ataque.
  • Evitamento: Comportamentos de evitação de situações ou lugares onde a pessoa já teve ataques de pânico ou teme ter um, o que pode levar ao isolamento social e à limitação das atividades diárias.
  • Preocupação Excessiva com Ataques Futuros: Ansiedade constante sobre ter novos ataques, o que pode exacerbar a condição e dificultar o funcionamento normal.

Epidemiologia

A Síndrome do Pânico afeta aproximadamente 2-3% da população mundial. É comum que o transtorno se desenvolva durante a adolescência ou no início da idade adulta, mas pode surgir em qualquer fase da vida. As mulheres têm uma prevalência ligeiramente maior em comparação aos homens. O transtorno pode ocorrer isoladamente ou coexistir com outros transtornos de ansiedade, depressão e abuso de substâncias.

Bases Biológicas/Psicossociais

  • Fatores Neurobiológicos: Alterações nos níveis de neurotransmissores como serotonina e norepinefrina estão associadas à Síndrome do Pânico. Disfunções no sistema nervoso simpático também desempenham um papel crucial na resposta de “luta ou fuga” que caracteriza os ataques de pânico.
  • Genética: Estudos indicam que há um componente hereditário no transtorno, com indivíduos tendo maior risco se houver histórico familiar de ansiedade ou pânico.
  • Fatores Ambientais: Experiências de vida estressantes, traumas e eventos adversos podem desencadear ou agravar a condição.
  • Aspectos Psicossociais: Padrões de pensamento disfuncionais, como a catastrofização e a hipervigilância aos sinais de perigo, contribuem para a perpetuação dos sintomas.

Tendências Recentes

Nos últimos anos, houve avanços significativos no tratamento da Síndrome do Pânico, incluindo:

  • Terapias Baseadas em Evidências: A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) continua sendo uma abordagem eficaz, especialmente a técnica de exposição e reestruturação cognitiva.
  • Intervenções Farmacológicas: O uso de inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e inibidores da recaptação de serotonina-norepinefrina (IRSN) tem mostrado eficácia no manejo dos sintomas.
  • Tecnologia e Terapia Online: Plataformas digitais e aplicativos para monitoramento de sintomas e suporte terapêutico têm facilitado o acesso ao tratamento.

Redução do Estigma: Aumentou a conscientização pública sobre os transtornos de ansiedade, promovendo um ambiente mais receptivo para a busca de ajuda profissional.

Quais são os sintomas da Síndrome do Pânico?

Descrição Geral

Os sintomas da Síndrome do Pânico são intensos e podem surgir de forma inesperada, causando grande desconforto e medo. Compreender esses sintomas é essencial para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz, permitindo que os indivíduos afetados recuperem a qualidade de vida e reduzam o impacto das crises.

Lista de Sintomas

Sintomas Físicos
  • Palpitações ou Taquicardia: Coração batendo rapidamente ou de forma irregular.
  • Sudorese Excessiva: Suor intenso, mesmo em ambientes frios.
  • Tremores ou Agitação: Movimentos incontroláveis das mãos ou do corpo.
  • Sensação de Falta de Ar ou Asfixia: Dificuldade para respirar adequadamente.
  • Dor ou Desconforto no Peito: Sensação de aperto ou dor aguda no peito.
  • Náuseas ou Desconforto Abdominal: Sensação de enjoo ou dor na barriga.
  • Tonturas, Vertigens ou Sensação de Desmaio: Instabilidade e risco de cair.
  • Sensação de Despersonalização ou Desrealização: Sentir-se desconectado de si mesmo ou do ambiente.
  • Calafrios ou Ondas de Calor: Mudanças súbitas na temperatura corporal.
  • Dormência ou Formigamento: Sensações de formigamento nas mãos, pés ou rosto.
Sintomas Cognitivos e Emocionais
  • Medo Intenso de Perder o Controle: Sensação de que a pessoa vai enlouquecer ou perder o controle.
  • Medo de Morrer: Sensação de que a morte é iminente.
  • Preocupação Excessiva com Futuras Crises: Ansiedade constante sobre ter novos ataques.
  • Sensação de Irrealidade: Ambiente ou pessoas parecem estranhas ou irreais.
Comportamentais
  • Evitamento de Situações Temidas: Evitar locais ou atividades onde os ataques ocorreram ou são temidos.
  • Limitação de Atividades Diárias: Redução das interações sociais, trabalho ou outras responsabilidades para evitar situações desencadeantes.
  • Preparação Excessiva: Planejamento minucioso para minimizar o risco de ter um ataque em público.

Observações Importantes

Cada indivíduo pode experimentar uma combinação única de sintomas, variando em intensidade e frequência. É fundamental que um profissional de saúde mental realize uma avaliação detalhada para estabelecer um diagnóstico preciso e elaborar um plano de tratamento personalizado. O reconhecimento e a compreensão dos sintomas são passos essenciais para buscar a ajuda adequada e melhorar a qualidade de vida.

Sobre a Avaliação com o Psiquiatra

Importância da Avaliação Profissional

A avaliação por um psiquiatra é crucial para o diagnóstico e tratamento da Síndrome do Pânico. Um especialista qualificado pode identificar os sintomas específicos, diferenciar a síndrome de outras condições de saúde mental e determinar a gravidade do transtorno. Além disso, a avaliação profissional garante que o paciente receba um plano de tratamento personalizado e eficaz, adaptado às suas necessidades individuais.

Descrição dos Serviços

O psiquiatra utiliza uma abordagem abrangente para avaliar a Síndrome do Pânico, que inclui:

  • Entrevistas Clínicas Detalhadas: Conversas estruturadas para entender os sintomas, seu impacto na vida diária e o histórico do paciente.
  • Aplicação de Escalas de Avaliação: Utilização de instrumentos padronizados, como o Inventário de Ataques de Pânico (PAI) e a Escala de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), para medir a gravidade dos sintomas.
  • Avaliação de Comorbidades: Identificação de outras condições de saúde mental que possam coexistir com a Síndrome do Pânico, como depressão ou transtornos de ansiedade.
  • Revisão de História Médica e Familiar: Consideração de fatores genéticos e antecedentes de saúde que possam influenciar o tratamento.
  • Desenvolvimento do Plano de Tratamento: Com base na avaliação, o psiquiatra recomenda intervenções terapêuticas apropriadas, que podem incluir medicação, psicoterapia ou uma combinação de abordagens.

Apresentação do Profissional

Dr. Hugo Salmen Evangelista Espíndola é psiquiatra formado pela Universidade Federal Fluminense e especializado pelo Instituto Municipal Philippe Pinel. Com ampla experiência clínica no tratamento Transtornos Psiquiátricos, oferece uma abordagem integrativa e personalizada, fundamentada no modelo biopsicossocial. Comprometido com a atualização constante e a curadoria científica, integra conhecimentos de diversas áreas para proporcionar um atendimento humanizado e eficaz, visando empoderar os pacientes e promover seu bem-estar em todas as esferas da vida.

Diagnóstico da Síndrome do Pânico

Critérios Diagnósticos

O diagnóstico da Síndrome do Pânico segue os critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela American Psychiatric Association. Segundo o DSM-5, para que um diagnóstico de Síndrome do Pânico seja realizado, os seguintes critérios devem ser atendidos:

  1. Ataques de Pânico Recorrentes e Inesperados:
    • Episódios súbitos de medo intenso ou desconforto que atingem o pico em minutos, acompanhados por pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
      • Palpitações, batimentos cardíacos acelerados ou irregularidades
      • Sudorese
      • Tremores ou agitação
      • Sensação de falta de ar ou asfixia
      • Sensação de sufocamento
      • Dor ou desconforto no peito
      • Náuseas ou desconforto abdominal
      • Tonturas, vertigens ou sensação de desmaio
      • Sensação de despersonalização ou desrealização
      • Calafrios ou ondas de calor
      • Dormência ou formigamento
      • Sensação de morte iminente ou de perder o controle
  2. Preocupação Persistente com Ataques Futuros ou suas Consequências:
    • Após o primeiro ataque, há preocupação constante sobre ter novos ataques ou sobre suas implicações (por exemplo, perder o controle, ter um ataque no local errado ou durante atividades importantes).
  3. Mudança Comportamental Significativa:
    • Alterações comportamentais significativas relacionadas aos ataques, como evitação de situações que podem desencadear um ataque de pânico.
  4. Exclusão de Outras Condições:
    • Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (por exemplo, drogas, medicamentos) ou a outra condição médica.
    • Os sintomas não são melhor explicados por outro transtorno mental, como Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno Obsessivo-Compulsivo ou Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

Tipos/Subtipos

Embora a Síndrome do Pânico possa se manifestar de diversas maneiras, alguns subtipos comuns incluem:

  • Síndrome do Pânico com Agorafobia: Combinação de ataques de pânico e medo de situações onde escapar pode ser difícil ou embaraçoso, levando à evitação de locais públicos e multidões.
  • Síndrome do Pânico com Agorafobia Simples: Apenas ataques de pânico sem a presença de agorafobia.
  • Síndrome do Pânico com Transtornos Comorbidos: Presença de outros transtornos de ansiedade, depressão ou abuso de substâncias.

Processo de Diagnóstico

O diagnóstico preciso da Síndrome do Pânico envolve uma avaliação clínica detalhada conduzida por um profissional de saúde mental qualificado, geralmente um psiquiatra ou psicólogo. O processo inclui:

  1. Entrevista Clínica: Conversas estruturadas para coletar informações sobre os sintomas atuais, histórico médico e psiquiátrico, e o impacto dos sintomas na vida do indivíduo.
  2. Aplicação de Instrumentos de Avaliação: Utilização de escalas padronizadas, como o Inventário de Ataques de Pânico (PAI) e a Escala de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), para medir a gravidade dos sintomas.
  3. Avaliação de Comorbidades: Identificação de outras condições de saúde mental que podem coexistir com a Síndrome do Pânico, como depressão, Transtorno Obsessivo-Compulsivo ou abuso de substâncias.
  4. Exame Físico e Exames Complementares: Em alguns casos, podem ser realizados exames físicos ou neurológicos para descartar causas médicas dos sintomas.
  5. Discussão de Históricos Familiares: Consideração de antecedentes familiares de transtornos de ansiedade ou outros transtornos mentais, uma vez que há evidências de componentes genéticos na Síndrome do Pânico.
  6. Desenvolvimento do Plano de Tratamento: Com base na avaliação, o profissional de saúde mental delineará um plano de tratamento personalizado, que pode incluir terapias comportamentais, farmacoterapia ou uma combinação de abordagens.

Importância de um Diagnóstico Preciso

Um diagnóstico correto é fundamental para garantir que o indivíduo receba o tratamento adequado, melhorando sua qualidade de vida e minimizando o impacto da Síndrome do Pânico nas suas atividades diárias. Além disso, o diagnóstico diferencial é essencial para distinguir a síndrome de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, evitando tratamentos ineficazes.

Quais são os tratamentos para Síndrome do Pânico?

Opções de Tratamento

O tratamento da Síndrome do Pânico geralmente envolve uma combinação de abordagens terapêuticas, adaptadas às necessidades individuais de cada paciente. As principais opções de tratamento incluem:

Medicações
  • Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS): São a primeira linha de tratamento medicamentoso para a Síndrome do Pânico. Exemplos incluem fluoxetina, sertralina, paroxetina e escitalopram.
  • Inibidores da Recaptação de Serotonina-Norepinefrina (IRSN): Como venlafaxina e duloxetina, utilizados em casos de resistência aos ISRS.
  • Benzodiazepínicos: Medicamentos ansiolíticos como alprazolam, diazepam e clonazepam, usados a curto prazo devido ao risco de dependência.
  • Antidepressivos Tricíclicos: Como imipramina e clomipramina, que podem ser eficazes, embora com um perfil de efeitos colaterais mais intenso.
  • Betabloqueadores: Utilizados para controlar sintomas físicos, como palpitações e tremores, durante situações de estresse ou ansiedade.
  • Benefícios e Possíveis Efeitos Colaterais:
    • Benefícios: Redução dos sintomas de ansiedade e frequência dos ataques de pânico, melhora na funcionalidade diária e na qualidade de vida.
    • Efeitos Colaterais: Náuseas, insônia, ganho de peso, disfunção sexual, sonolência, entre outros. É essencial monitorar e ajustar a medicação conforme necessário com o acompanhamento do psiquiatra.
Psicoterapia
  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Considerada a abordagem mais eficaz para a Síndrome do Pânico, especialmente a técnica de exposição e reestruturação cognitiva. A TCC ajuda os pacientes a identificar e modificar padrões de pensamento disfuncionais e a enfrentar situações temidas de forma gradual.
  • Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT): Foca na aceitação dos pensamentos e sentimentos sem tentar controlá-los, promovendo a ação alinhada com os valores pessoais.
  • Terapia Interpessoal: Ajuda a melhorar as habilidades de comunicação e relacionamento, reduzindo o estresse e a ansiedade associados a interações sociais.
  • Psicoeducação: Educa o paciente e sua família sobre a Síndrome do Pânico, facilitando a compreensão e o apoio mútuo.
  • Como a Terapia Complementa o Tratamento:
    • A psicoterapia, especialmente a TCC, fornece ferramentas práticas para manejar a ansiedade e enfrentar os medos associados aos ataques de pânico.
    • Complementa a medicação ao abordar os aspectos emocionais e comportamentais do transtorno, promovendo uma recuperação mais abrangente.
Opções Naturais/Complementares
  • Técnicas de Relaxamento: Meditação, mindfulness, yoga e exercícios de respiração podem ajudar a reduzir a ansiedade e promover o equilíbrio emocional.
  • Atividades Físicas Regulares: Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou natação, podem melhorar o humor e reduzir os níveis de estresse.
  • Nutrição Adequada: Uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e ácidos graxos ômega-3, pode contribuir para a saúde mental.
  • Suplementos Nutricionais: Alguns estudos sugerem que suplementos como magnésio, vitamina B e ômega-3 podem ter efeitos benéficos, embora seja necessário consultar um profissional antes de iniciar qualquer suplementação.
  • Terapias Alternativas: Acupuntura e aromaterapia podem ser úteis como complementos ao tratamento convencional, ajudando a aliviar sintomas de ansiedade.

Importância do Tratamento Personalizado

Cada indivíduo com Síndrome do Pânico apresenta uma combinação única de sintomas e necessidades. Portanto, é crucial que o plano de tratamento seja personalizado, levando em consideração fatores como a gravidade dos sintomas, a presença de comorbidades, a resposta a tratamentos anteriores e as preferências do paciente. Um tratamento individualizado maximiza as chances de sucesso, promovendo uma recuperação mais eficaz e sustentável.

Contato para Consulta

Se você ou alguém que conhece está enfrentando sintomas da Síndrome do Pânico, não hesite em buscar ajuda profissional. Um psiquiatra qualificado pode realizar uma avaliação detalhada e desenvolver um plano de tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida e reduzir o impacto dos sintomas nas atividades diárias.

Como Lidar com Indivíduos com Síndrome do Pânico

Dicas Práticas

Lidar com alguém que possui Síndrome do Pânico requer compreensão, paciência e estratégias eficazes para oferecer suporte adequado. Aqui estão algumas orientações práticas para familiares, amigos e colegas:

Seja Paciente

Entender as dificuldades enfrentadas pela pessoa com Síndrome do Pânico é fundamental. Reconheça que os ataques de pânico não são escolhas, mas sim manifestações do transtorno. Evite demonstrar impaciência ou frustração, mesmo quando os comportamentos parecem excessivos ou irracionais.

Comunique-se Eficazmente

A comunicação clara e empática pode facilitar a interação. Use uma linguagem não julgadora e evite críticas diretas aos comportamentos associados ao pânico. Em vez disso, mostre apoio e encorajamento, por exemplo:

  • Evite: “Você está exagerando.”
  • Prefira: “Estou aqui para ajudar você a superar isso.”
Eduque-se sobre o Transtorno

Conhecer mais sobre a Síndrome do Pânico ajuda a compreender melhor os sintomas e as necessidades da pessoa. Busque informações em fontes confiáveis, participe de grupos de apoio ou consulte profissionais de saúde mental para adquirir conhecimento aprofundado sobre o transtorno.

Estabeleça Rotinas

A criação de uma rotina estruturada pode proporcionar segurança e previsibilidade para a pessoa com Síndrome do Pânico. Estabeleça horários regulares para atividades diárias, como refeições, exercícios e momentos de lazer, ajudando a reduzir a ansiedade e a necessidade de controle excessivo.

Incentive a Busca por Ajuda Profissional

Apoie a pessoa a procurar tratamento adequado, como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ou medicação, conforme recomendado pelo psiquiatra. Ofereça-se para acompanhá-la a consultas ou sessões terapêuticas, demonstrando seu apoio contínuo no processo de recuperação.

Crie um Ambiente de Apoio

Mantenha um ambiente calmo e seguro, especialmente durante ou após um ataque de pânico. Ofereça apoio emocional, escute sem julgamento e ajude a pessoa a aplicar as técnicas de enfrentamento aprendidas na terapia.

Considerações Finais

A empatia e a compreensão são essenciais ao lidar com indivíduos que sofrem da Síndrome do Pânico. Reconheça os desafios enfrentados por eles e ofereça um ambiente de apoio e aceitação. Pequenas ações e atitudes podem fazer uma grande diferença na jornada de recuperação, promovendo um relacionamento mais saudável e fortalecendo a rede de apoio ao redor da pessoa com o transtorno.

Curiosidades sobre a Síndrome do Pânico

  1. Origem do Nome: O termo “pânico” deriva do deus grego Pã, que personificava o medo súbito e irracional.

  2. Prevalência Global: A Síndrome do Pânico afeta aproximadamente 2-3% da população mundial em algum momento da vida (American Psychiatric Association, 2013).

  3. Genética: Estudos indicam que a genética pode explicar até 43% da suscetibilidade ao transtorno do pânico (Kandel, 1998).

  4. Sintomas Físicos Intensos: Ataques de pânico frequentemente incluem sintomas físicos intensos, como palpitações, sudorese, tremores e sensação de falta de ar, que podem ser confundidos com condições médicas graves (Mayo Clinic, 2021).

  5. Comorbidade com Outros Transtornos: A Síndrome do Pânico frequentemente ocorre em conjunto com outros transtornos de ansiedade e depressão, aumentando a complexidade do tratamento (National Institute of Mental Health, 2022).

  6. Impacto na Vida Diária: Indivíduos com transtorno do pânico muitas vezes evitam situações que temem desencadear um ataque, levando a um isolamento social significativo e dificuldades no funcionamento ocupacional (Harvard Health Publishing, 2021).

  7. Tratamento Eficaz: Terapias como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e medicamentos como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são altamente eficazes no tratamento do transtorno do pânico (Frontiers in Psychiatry, 2020).

  8. Ataques de Pânico Noturnos: Algumas pessoas experienciam ataques de pânico durante o sono, o que pode levar a distúrbios do sono como a insônia e afetar a qualidade de vida (Journal of Clinical Psychiatry, 2019).

  9. História do Diagnóstico: O transtorno do pânico foi formalmente reconhecido como um diagnóstico distinto no DSM-III em 1980, refletindo avanços na compreensão dos transtornos de ansiedade (American Psychiatric Association, 2013).

  10. Relação com Trauma: Embora o transtorno do pânico não seja necessariamente causado por um trauma, experiências traumáticas podem desencadear ou agravar os sintomas, influenciando o desenvolvimento do transtorno (World Health Organization, 2019).

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Referências

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