O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é um dos transtornos de humor mais comuns, afetando milhões de adultos e, em menor escala, crianças e adolescentes em todo o mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 3% da população adulta vivencie episódios de bipolaridade, enfrentando desafios significativos no manejo diário da condição. Este transtorno é caracterizado por oscilações intensas de humor, energia e capacidade de funcionamento, variando entre episódios de mania e depressão. Neste artigo, exploraremos o que é o Transtorno Afetivo Bipolar, seus sintomas, causas, diagnósticos, tratamento e manejo, com uma abordagem cuidadosa e baseada em evidências.

O que é Transtorno Afetivo Bipolar?

Definição

O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é uma condição de saúde mental caracterizada por oscilações significativas no humor, energia e capacidade de funcionamento. Essas oscilações incluem episódios de mania ou hipomania (estado de humor elevado, expansivo ou irritável) e episódios de depressão (estado de humor deprimido, perda de interesse ou prazer nas atividades). Essas mudanças de humor são mais intensas e duradouras do que as variações normais do humor e podem afetar significativamente a vida diária do indivíduo.

Características Principais

  • Episódios Maníacos/Hipomaníacos: Durante esses períodos, a pessoa pode apresentar aumento de energia, diminuição da necessidade de sono, grandiosidade, pensamento acelerado, fala rápida, comportamento impulsivo e envolvimento em atividades de alto risco.
  • Episódios Depressivos: Caracterizados por sentimentos persistentes de tristeza, desesperança, fadiga, dificuldade de concentração, alterações no apetite e no sono, e, em casos graves, pensamentos suicidas.
  • Ciclagem de Humor: Algumas pessoas com TAB experimentam mudanças rápidas entre episódios maníacos e depressivos, enquanto outras podem permanecer em um estado de humor estável por longos períodos.
  • Impacto Funcional: As oscilações de humor podem prejudicar o desempenho acadêmico, profissional e nas relações pessoais, além de aumentar o risco de comportamentos autodestrutivos.

Epidemiologia

O Transtorno Afetivo Bipolar afeta aproximadamente 1-2% da população mundial, sendo uma das condições de saúde mental mais comuns. O início típico ocorre na adolescência tardia ou no início da idade adulta, embora possa surgir em crianças e, raramente, em idosos. O TAB é igualmente prevalente em homens e mulheres, embora as mulheres possam ter maior incidência de episódios mistos e maior risco de comorbidades, como transtornos de ansiedade e abuso de substâncias.

Bases Biológicas/Psicossociais

  • Fatores Genéticos: O TAB possui forte componente hereditário. Ter um parente de primeiro grau com o transtorno aumenta significativamente o risco de desenvolvê-lo.
  • Neurobiologia: Alterações na estrutura e função cerebral, especialmente nas regiões responsáveis pela regulação do humor, como o lobo frontal, amígdala e hipocampo, estão associadas ao TAB. Desequilíbrios nos neurotransmissores, como serotonina, dopamina e norepinefrina, também desempenham um papel crucial.
  • Fatores Ambientais: Eventos estressantes da vida, traumas e abuso de substâncias podem desencadear ou exacerbar episódios maníacos ou depressivos.
  • Aspectos Psicossociais: Padrões de pensamento disfuncionais, habilidades de enfrentamento inadequadas e suporte social limitado podem contribuir para a gravidade e recorrência dos episódios.

Tendências Recentes

Nos últimos anos, houve avanços significativos na compreensão e tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar. A pesquisa tem focado em:

  • Intervenções Farmacológicas: Desenvolvimento de novos estabilizadores de humor e medicamentos adjuntos que visam reduzir a frequência e a intensidade dos episódios.
  • Terapias Psicossociais: Terapias baseadas em evidências, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Terapia Interpessoal e Social (IPSRT) e Terapia Familiar, têm se mostrado eficazes no manejo do TAB.
  • Tecnologia e Telemedicina: O uso de aplicativos e plataformas digitais para monitoramento de sintomas e suporte terapêutico está se tornando mais comum, facilitando o acesso ao tratamento e melhorando a adesão terapêutica.
  • Conscientização e Redução do Estigma: Aumentou a conscientização pública sobre o TAB, contribuindo para a redução do estigma associado e incentivando mais indivíduos a buscar ajuda profissional.

Quais são os sintomas de Transtorno Afetivo Bipolar?

Descrição Geral

Os sintomas do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) envolvem variações intensas e prolongadas no humor, que vão desde períodos de euforia e hiperatividade até fases de profunda tristeza e desânimo. Essas oscilações afetam a maneira como o indivíduo pensa, sente e se comporta, impactando significativamente sua vida pessoal, profissional e social. Compreender esses sintomas é crucial para o diagnóstico precoce e o manejo adequado do transtorno.

Lista de Sintomas

Episódios Maníacos/Hipomaníacos
  • Humor Elevado ou Irritável: Sentimentos de euforia, extrema felicidade ou irritabilidade que são incomuns para a pessoa.
  • Aumento de Energia e Atividade: Sensação de estar “cheio de energia”, envolvimento em múltiplas atividades simultaneamente e incapacidade de relaxar.
  • Redução da Necessidade de Sono: Dormir menos horas do que o habitual sem sentir fadiga.
  • Fala Rápida e Pensamento Acelerado: Conversas rápidas, interrupções frequentes e pensamento que parece correr a mil por hora.
  • Grandiosidade: Sentimentos exagerados de autoimportância, habilidades especiais ou poder.
  • Comportamento Impulsivo: Tomada de decisões precipitadas sem considerar as consequências, como gastos excessivos, comportamentos sexuais de risco ou investimentos financeiros imprudentes.
  • Distração: Facilidade em se distrair com estímulos irrelevantes ou externos.
Episódios Depressivos
  • Humor Depressivo: Sentimentos persistentes de tristeza, vazio ou desesperança.
  • Perda de Interesse ou Prazer: Desinteresse em atividades que antes eram prazerosas ou significativas.
  • Fadiga ou Perda de Energia: Sensação constante de cansaço, mesmo sem atividades físicas intensas.
  • Dificuldade de Concentração: Problemas para focar, tomar decisões ou lembrar de detalhes.
  • Alterações no Apetite e Peso: Mudanças significativas no apetite, resultando em ganho ou perda de peso.
  • Alterações no Sono: Insônia ou hipersonia (dormir excessivamente).
  • Sentimentos de Inutilidade ou Culpa Excessiva: Autocrítica intensa e sentimentos de culpa sem razão aparente.
  • Pensamentos Suicidas: Pensamentos recorrentes sobre morte, suicídio ou tentativas de suicídio.
Episódios Mistos
  • Sintomas Simultâneos de Mania e Depressão: Apresentação de sintomas maníacos e depressivos ao mesmo tempo, como agitação intensa combinada com sentimentos de desesperança.
  • Impulsividade e Desespero: Comportamentos impulsivos mesmo durante períodos de profundo desânimo e tristeza.

Observações Importantes

Cada indivíduo com Transtorno Afetivo Bipolar pode apresentar uma combinação única de sintomas, variando em intensidade e duração. É fundamental que um profissional de saúde mental realize uma avaliação detalhada para estabelecer um diagnóstico preciso e elaborar um plano de tratamento personalizado. O reconhecimento e a compreensão dos sintomas são passos essenciais para buscar a ajuda adequada e melhorar a qualidade de vida.

Sobre a Avaliação com o Psiquiatra

Importância da Avaliação Profissional

A avaliação por um psiquiatra é um passo fundamental no diagnóstico e tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Um especialista qualificado pode identificar os sintomas específicos, diferenciar o TAB de outras condições de saúde mental e determinar a gravidade do transtorno. Além disso, a avaliação profissional assegura que o paciente receba um plano de tratamento personalizado e eficaz, adaptado às suas necessidades individuais.

Descrição dos Serviços

O psiquiatra utiliza uma abordagem abrangente para avaliar o TAB, que inclui:

  • Entrevistas Clínicas Detalhadas: Conversas estruturadas para entender os sintomas, seu impacto na vida diária e o histórico do paciente.
  • Aplicação de Escalas de Avaliação: Utilização de instrumentos padronizados para medir a gravidade dos sintomas, como a Escala de Mania de Young (YMRS) e a Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D).
  • Avaliação de Comorbidades: Identificação de outras condições de saúde mental que possam coexistir com o TAB, como depressão maior, transtornos de ansiedade ou abuso de substâncias.
  • Revisão de História Médica e Familiar: Consideração de fatores genéticos e antecedentes de saúde que possam influenciar o tratamento.
  • Desenvolvimento do Plano de Tratamento: Com base na avaliação, o psiquiatra recomenda intervenções terapêuticas apropriadas, que podem incluir medicação, psicoterapia ou uma combinação de abordagens.

Sobre mim

Dr. Hugo Salmen Evangelista Espindola é um psiquiatra especializado no tratamento de transtornos de humor, incluindo o Transtorno Afetivo Bipolar. Com ampla experiência clínica, o Dr. Hugo tem  abordagem empática e personalizada. Sua dedicação em oferecer tratamentos baseados em evidências garante que cada paciente receba o suporte necessário para alcançar uma melhor qualidade de vida.

Diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB)

Critérios Diagnósticos

O diagnóstico do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) segue os critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela American Psychiatric Association. Segundo o DSM-5, para que um diagnóstico de TAB seja realizado, os seguintes critérios devem ser atendidos:

  1. Presença de Episódios Maníacos ou Hipomaníacos:
    • Mania: Um período distinto de humor anormalmente e persistentemente elevado, expansivo ou irritável, e aumento anormal da atividade ou energia, que dura pelo menos uma semana (ou qualquer duração se for hospitalização necessária).
    • Hipomania: Semelhante à mania, mas menos intensa e sem a necessidade de hospitalização, durando pelo menos quatro dias.
  2. Presença de Episódios Depressivos:
    • Um período distinto de humor deprimido ou perda de interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades, acompanhado por pelo menos cinco dos seguintes sintomas, durante pelo menos duas semanas:
      • Sentimentos de tristeza, vazio ou desesperança.
      • Diminuição significativa do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades.
      • Perda de peso significativa ou ganho de peso sem estar fazendo dieta, ou diminuição ou aumento do apetite.
      • Insônia ou hipersonia.
      • Agitação ou retardo psicomotor.
      • Fadiga ou perda de energia.
      • Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva.
      • Diminuição da capacidade de pensar ou concentrar-se.
      • Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida, ou tentativas de suicídio.
  3. Exclusão de Outros Transtornos:
    • Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.
    • Os sintomas não são melhor explicados por outro transtorno mental, como Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtorno Dissociativo, ou Transtorno do Espectro Autista.
  4. Impacto Funcional:
    • Os episódios causam prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, ocupacional ou outras áreas importantes da vida.

Tipos/Subtipos

O Transtorno Afetivo Bipolar pode se manifestar de diversas maneiras, com os subtipos mais comuns sendo:

  • TAB I: Caracterizado por pelo menos um episódio maníaco. Geralmente envolve episódios maníacos intensos que podem requerer hospitalização.
  • TAB II: Caracterizado por episódios hipomaníacos e episódios depressivos maiores, sem episódios maníacos completos.
  • Transtorno Ciclotímico: Caracterizado por numerosos períodos de sintomas hipomaníacos e períodos de sintomas depressivos que não atendem aos critérios completos para episódios depressivos maiores.
  • Transtorno Bipolar Indeterminado: Quando os sintomas não se enquadram claramente nos critérios para os subtipos mencionados acima.

Processo de Diagnóstico

O diagnóstico preciso do TAB envolve uma avaliação clínica detalhada conduzida por um profissional de saúde mental qualificado, geralmente um psiquiatra. O processo inclui:

  1. Entrevista Clínica: Conversas estruturadas para coletar informações sobre os sintomas atuais, histórico médico e psiquiátrico, e o impacto dos sintomas na vida do indivíduo.
  2. Aplicação de Instrumentos de Avaliação: Utilização de escalas padronizadas, como a Escala de Mania de Young (YMRS) e a Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D), para medir a gravidade dos episódios maníacos e depressivos.
  3. Avaliação de Comorbidades: Identificação de outras condições de saúde mental que podem coexistir com o TAB, como depressão maior, transtornos de ansiedade ou abuso de substâncias.
  4. Exame Físico e Exames Complementares: Em alguns casos, podem ser realizados exames físicos ou neurológicos para descartar causas médicas dos sintomas.
  5. Discussão de Históricos Familiares: Consideração de antecedentes familiares de TAB ou outros transtornos mentais, uma vez que há evidências de componentes genéticos no TAB.
  6. Desenvolvimento do Plano de Tratamento: Com base na avaliação, o profissional de saúde mental delineará um plano de tratamento personalizado, que pode incluir terapias comportamentais, farmacoterapia ou uma combinação de abordagens.

Importância de um Diagnóstico Preciso

Um diagnóstico correto é fundamental para garantir que o indivíduo receba o tratamento adequado, melhorando sua qualidade de vida e minimizando o impacto do TAB nas suas atividades diárias. Além disso, o diagnóstico diferencial é essencial para distinguir o TAB de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, evitando tratamentos ineficazes.

Quais são os tratamentos para Transtorno Afetivo Bipolar (TAB)?

Opções de Tratamento

O tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) geralmente envolve uma combinação de abordagens terapêuticas, adaptadas às necessidades individuais de cada paciente. As principais opções de tratamento incluem:

Medicações
  • Tipos de Medicamentos Utilizados:
    • Estabilizadores de Humor: Como lítio, valproato, lamotrigina e carbamazepina, que ajudam a controlar as oscilações de humor.
    • Antipsicóticos Atípicos: Como quetiapina, olanzapina e aripiprazol, utilizados para tratar episódios maníacos e depressivos.
    • Antidepressivos: Em combinação com estabilizadores de humor, para tratar episódios depressivos, embora seu uso deva ser cuidadosamente monitorado para evitar a indução de mania.
    • Benzodiazepínicos: Podem ser usados a curto prazo para manejar a ansiedade ou insônia associadas aos episódios.
  • Benefícios e Possíveis Efeitos Colaterais:
    • Benefícios: Redução da frequência e intensidade dos episódios maníacos e depressivos, estabilização do humor e melhoria na funcionalidade diária.
    • Efeitos Colaterais: Náuseas, ganho de peso, tremores, sonolência, aumento da sede e necessidade de urinar (especialmente com o lítio), entre outros. É essencial monitorar e ajustar a medicação conforme necessário com o acompanhamento do psiquiatra.
Psicoterapia
  • Tipos de Terapia Recomendados:
    • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Foca na identificação e modificação de padrões de pensamento disfuncionais e comportamentos que contribuem para os sintomas do TAB.
    • Terapia Interpessoal e Social (IPSRT): Ajuda a estabilizar os ritmos sociais e de sono, promovendo uma rotina mais regular para prevenir episódios de humor.
    • Terapia Familiar: Envolve membros da família no processo terapêutico, melhorando a comunicação e o suporte ao paciente.
    • Psicoeducação: Educa o paciente e sua família sobre o TAB, ajudando a reconhecer sinais de alerta e estratégias de enfrentamento eficazes.
  • Como a Terapia Complementa o Tratamento:
    • A psicoterapia auxilia na adesão ao tratamento farmacológico, proporciona ferramentas práticas para manejar o estresse e melhorar as habilidades de enfrentamento.
    • Complementa a medicação ao abordar os aspectos emocionais e comportamentais do transtorno, promovendo uma recuperação mais abrangente.
Opções Naturais/Complementares
  • Técnicas de Relaxamento: Meditação, mindfulness e exercícios de respiração podem ajudar a reduzir a ansiedade e promover o equilíbrio emocional.
  • Mudanças no Estilo de Vida: Estabelecer uma rotina regular, praticar exercícios físicos regularmente e manter uma alimentação balanceada podem contribuir para a estabilização do humor.
  • Suplementos Nutricionais: Alguns estudos sugerem que suplementos como ômega-3 e magnésio podem ter efeitos benéficos, embora seja necessário consultar um profissional antes de iniciar qualquer suplementação.

Importância do Tratamento Personalizado

Cada indivíduo com TAB apresenta uma combinação única de sintomas e necessidades. Portanto, é crucial que o plano de tratamento seja personalizado, levando em consideração fatores como a gravidade dos sintomas, a presença de comorbidades, a resposta a tratamentos anteriores e as preferências do paciente. Um tratamento individualizado maximiza as chances de sucesso, promovendo uma recuperação mais eficaz e sustentável.

Contato para Consulta

Se você ou alguém que conhece está enfrentando sintomas de Transtorno Afetivo Bipolar, não hesite em buscar ajuda profissional. Um psiquiatra qualificado pode realizar uma avaliação detalhada e desenvolver um plano de tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida e reduzir o impacto do TAB nas atividades diárias.

Como Lidar com Indivíduos com Transtorno Afetivo Bipolar (TAB)

Dicas Práticas

Lidar com alguém que possui Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) requer compreensão, paciência e estratégias eficazes para oferecer suporte adequado. Aqui estão algumas orientações práticas para familiares, amigos e colegas:

Seja Paciente

Entender as dificuldades enfrentadas pela pessoa com TAB é fundamental. Reconheça que as oscilações de humor não são escolhas, mas sim sintomas do transtorno. Evite demonstrar impaciência ou frustração, mesmo quando os comportamentos parecem excessivos ou irracionais.

Comunique-se Eficazmente

A comunicação clara e empática pode facilitar a interação. Use uma linguagem não julgadora e evite críticas diretas aos comportamentos associados ao TAB. Em vez disso, mostre apoio e encorajamento, por exemplo:

  • Evite: “Você está exagerando.”
  • Prefira: “Estou aqui para ajudar você a superar isso.”
Eduque-se sobre o Transtorno

Conhecer mais sobre o TAB ajuda a compreender melhor os sintomas e as necessidades da pessoa. Busque informações em fontes confiáveis, participe de grupos de apoio ou consulte profissionais de saúde mental para adquirir conhecimento aprofundado sobre o transtorno.

Estabeleça Rotinas

A criação de uma rotina estruturada pode proporcionar segurança e previsibilidade para a pessoa com TAB. Estabeleça horários regulares para atividades diárias, como refeições, exercícios e momentos de lazer, ajudando a reduzir a ansiedade e a necessidade de controle excessivo.

Incentive a Busca por Ajuda Profissional

Apoie a pessoa a procurar tratamento adequado, como terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou medicação, conforme recomendado pelo psiquiatra. Ofereça-se para acompanhá-la a consultas ou sessões terapêuticas, demonstrando seu apoio contínuo no processo de recuperação.

Considerações Finais

A empatia e a compreensão são essenciais ao lidar com indivíduos que sofrem de TAB. Reconheça os desafios enfrentados por eles e ofereça um ambiente de apoio e aceitação. Pequenas ações e atitudes podem fazer uma grande diferença na jornada de recuperação, promovendo um relacionamento mais saudável e fortalecendo a rede de apoio ao redor da pessoa com TAB.

Curiosidades sobre o TDAH

1. TDAH em Adultos

Embora frequentemente associado à infância, o TDAH pode persistir na idade adulta, afetando a carreira, relacionamentos e autoestima78. Muitos adultos só descobrem que têm TDAH após os filhos serem diagnosticados.

2. TDAH e Criatividade

Estudos indicam que indivíduos com TDAH podem ter níveis elevados de criatividade e pensamento fora da caixa, o que pode ser uma vantagem em campos que exigem inovação79.

3. TDAH e Hiperfoco

Embora o TDAH seja caracterizado por desatenção, alguns indivíduos podem experimentar “hiperfoco”, uma concentração intensa em atividades de interesse, às vezes em detrimento de outras responsabilidades80.

4. Impacto da Dieta

Algumas pesquisas sugerem que certos aditivos alimentares e alergias podem exacerbar os sintomas do TDAH em algumas crianças, embora a relação entre dieta e TDAH ainda seja objeto de estudo81.

5. TDAH e Sono

Indivíduos com TDAH frequentemente enfrentam dificuldades para dormir, incluindo insônia e sono de má qualidade, o que pode agravar os sintomas do transtorno82.

6. Genética e TDAH

O TDAH possui um dos mais altos índices de heritabilidade entre os transtornos psiquiátricos, com estudos sugerindo que até 80% da variabilidade nos sintomas pode ser explicada por fatores genéticos83.

7. TDAH e Tecnologia

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos e mídias digitais pode contribuir para a desatenção e a hiperatividade em crianças com TDAH, embora a tecnologia também possa ser usada como ferramenta terapêutica84.

8. TDAH em Mulheres

Mulheres com TDAH são frequentemente subdiagnosticadas devido à apresentação menos óbvia dos sintomas, como a desatenção predominante, em comparação com os sintomas mais evidentes de hiperatividade observados em homens85.

9. TDAH e Exercício Físico

A prática regular de exercícios físicos pode ajudar a reduzir os sintomas do TDAH, melhorando a atenção, o humor e a função executiva86.

10. Evolução do Diagnóstico

O reconhecimento e a definição do TDAH têm evoluído ao longo das décadas, com o CID-10 refinando os critérios diagnósticos para melhorar a precisão e a inclusão de diferentes apresentações do transtorno87.

 

Curiosidades sobre o Transtorno Afetivo Bipolar

  1. História do Diagnóstico: O TAB foi descrito pela primeira vez na Grécia Antiga por Hipócrates, que o chamava de “melancolia” e “mania”.

  2. Criatividade e Bipolaridade: Estudos indicam que indivíduos com TAB têm uma maior propensão para atividades criativas, com muitos artistas e escritores famosos relatando a condição.

  3. Taxa de Suicídio: Pessoas com TAB têm uma taxa de suicídio significativamente mais alta em comparação com a população geral, destacando a importância de um tratamento adequado.

  4. Impacto Genético: Ter um parente de primeiro grau com TAB aumenta o risco de desenvolver a condição em cerca de 10%.

  5. Variedade de Sintomas: O TAB pode se manifestar de maneiras muito diferentes em diferentes pessoas, tornando o diagnóstico e tratamento altamente individualizados.

  6. Comorbidades Frequentes: É comum que o TAB coexistam com outros transtornos, como ansiedade, abuso de substâncias e transtornos alimentares.

  7. Evolução do Tratamento: O tratamento do TAB evoluiu significativamente nas últimas décadas, com a introdução de novos medicamentos e terapias mais eficazes.

  8. Ciclo de Humor: Algumas pessoas com TAB experimentam ciclos de humor rápidos, mudando várias vezes ao dia, enquanto outras têm ciclos mais longos.

  9. Influência do Sono: A falta de sono pode desencadear episódios maníacos em pessoas com TAB, enquanto um sono excessivo pode estar associado a episódios depressivos.

  10. Desafios no Diagnóstico Infantil: O TAB pode ser mais difícil de diagnosticar em crianças, pois os sintomas podem se sobrepor a outras condições comportamentais e emocionais.

  11. Tecnologia no Tratamento: Aplicativos de monitoramento de humor estão se tornando ferramentas úteis para pacientes com TAB, auxiliando no acompanhamento dos sintomas e na adesão ao tratamento.

  12. Impacto nas Relações: As oscilações de humor do TAB podem afetar significativamente as relações interpessoais, exigindo compreensão e suporte contínuos dos entes queridos.

  13. Diferenças Culturais: A percepção e o tratamento do TAB podem variar significativamente entre diferentes culturas, influenciando a busca por ajuda e a adesão ao tratamento.

  14. Tabagismo e TAB: Há uma alta prevalência de tabagismo entre pessoas com TAB, o que pode complicar ainda mais o tratamento e a saúde geral.

  15. Influência do Exercício Físico: A prática regular de exercícios físicos pode ajudar a estabilizar o humor e reduzir os sintomas do TAB.

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